sábado, 9 de outubro de 2010

O turista acidental


Às vezes, quando eu não quero mais trabalhar, saio por aí, mesmo que seja sentado em frente ao computador. Às vezes, encontro gente e lugares interessantes, e às vezes não.

Mas foi assim que encontrei uma entrevista do cartunista Laerte em que ele aparece vestido de forma não convencional, lembrando muito a irmã dele(que eu acho que vi em algum documentário) e um personagem de seus quadrinhos (que eu acompanho regularmente há anos).

Me surpreendeu também o blog onde encontrei isso, não pelo blog, mas pelo perfil da autora, que tem Flickr, Orkut, Facebook, e sei lá o que mais (incluindo uma "curiosa" lista de desejos): não sei se eu me exporia desse jeito, ou o que isso quer dizer sobre a moça, mas vejo nisso um sinal desses nossos tempos - o mundo com pessoas de todo tipo (e de todo tipo de vestuário) está na ponta dos nossos dedos, pronto a alcançar nossos olhos.

(imagem: o título desta postagem tem a ver com o que eu escrevi e também com o nome de uma das personagens do filme de onde ele, título, saiu...)

3 comentários:

Anônimo disse...

Tempo de euforia, esses nossos tempos. Euforia para experimentar todos os prazeres sensoriais que nossa sociedade tecnológica nos oferece. Ainda somos crianças na primeira infância, explorando e conceituando o mundo exterior através das sensações que ele nos provoca e nos oferece. As possibilidades se desdobram e se multiplicam e, tragicamente, nós nos perdemos em meio a nossos próprios quereres impensados. Somos pessoas de todo tipo, com vestuários de todo tipo, experimentando, irrefletida e compulsivamente, sabores, odores, lugares e amores de todo tipo. E desenvolvendo apegos de todo tipo, sensoriais, materiais, e intelectuais. Vivemos como crianças abandonadas à nossa própria sorte, nesses nossos tempos.

Ass: Maria

Dedalus disse...

Maria,

Não sei se concordo com você, quanto a esses serem tempos de euforia. São, para mim, mais tempos de consumo - ser é comprar; tempos de imagens - ser é aparentar; e tempos de não aprender...

Um abraço!

Anônimo disse...

Euforia no sentido de excitação, de um estado em que se age sem pensar, em que a ação é provocada por estímulos externos - as imagens, por exemplo.

Um abraço,

Maria